quarta-feira, julho 30, 2008

 

Going down (Day 7: 25 de Julho, 6ª feira)

Uma vez que as perspectivas de tempo não eram as melhores e a chuva tropical fez-se sentir de forma particularmente violenta sobre o fraco tejadilho do nosso quarto durante toda a noite, foi uma enorme satisfação acordar para ir mergulhar e ver o céu pouco carregado. Por outro lado ao chegar ao porto, a informação de que os pescadores estavam todos em terra, sinal de que o mar estava verdadeiramente agitado. Uma vez na água e fora da protecção da baia, confirmamos o facto: o mar estava muito agitado e poderíamos fazer mergulho apenas em zonas mais abrigadas. Com o barco a oscilar submergimos pela primeira vez para o interior do grande deserto de serenidade que é o fundo do oceano. No fundo do mar, e uma vez ultrapassado o medo de não ter ar ilimitado, sentimo-nos muito tranquilos. Sentimo-nos parte de um ambiente que não é nosso por natureza. As pernas vão oscilando muito lentamente. O resto do corpo está parado. A pressão sobre o corpo é massajadora. O pouco ruído que se houve é da água a mexer e alguns animais a trincarem a vegetação local. Quando no final do primeiro mergulho toda a gente fala dos peixes que viu, estou mais interessado na sensação de tranquilidade que emergiu. Sim, a tartaruga e o tubarão eram animais interessantes mas depois observo-os melhor no National Geographic.
Regressado à ilha era novamente tempo de partir, desta vez num velho long-tail com destino principal à ilha onde foi filmado o filme. Após a primeira paragem para dar de comer a macacos, o fraco motor da cauda não pegou, naquele que foi o início de uma viagem tormentosa. O mar tornou quase insuportavelmente agitado e a viagem que terminou sem que pudéssemos ter sequer visitado a famosa ilha. Bem que tínhamos sido avisados…

Comentários:
pergunto-me o que sera mais emocionante, a profundidade emocional do mergulho ou a observacao da vida animal

acho que e a conjugacao dos dois, a penetracao num territorio que nao e nosso proporciona a mesma adrenalina que a letargia fisica do flutuar debaixo de agua
 
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