quinta-feira, julho 20, 2006

 

Gaja boa vira-se para a camara e diz: Tarifa, uma loucura do c******

Tarifa é isso mesmo: uma locura. Por uma razão simples: toda a gente que encontrei estava com o espírito de perder a cabeça (ou em muitos casos já chegavam lá sem cabeça). Grande parte das pessoas que chega a tarifa vai sem destino e muitos acabam por ficar lá a viver. Ao fim de algum tempo a gastarem as economias tornam-se professores de windsurf, trabalham num bar, loja ou num hostal.

Pessoalmente, apanhei uma verdadeira tempestade ciclónica. Os ventos estavam a passar a uma velocidade de cerca de 70 km/h. É o mesmo que chegarmos ao vento capaz de nos fazer voar e subtrairmos uma quantidade infinistésimal. Era perante essas condições climatéricas que me encontrava. Inteligentemente aqueles terrenos no ponto mais a sul de Espanha estavam densamente cultivados com um tipo de cultura que se dá muito bem com aquele clima. São as chamadas turbinas eólicas (ou como gosto de chamar as ventoinhas grandes). É que ainda por cima parece que elas se reproduzem bem a julgar pela quantidade que encontrei. À chegada delirei com a hipótese de fazer wind surf naquelas condições... Pouco tempo depois, apercebi-me que iria incapaz de o fazer, pelo menos com alguma consistência. As horas passadas a levar porrada no mar e a voar serviram de lição.

Mas aquilo sobre o qual tenho mais a dizer é o seguinte: http://www.otb-tarifa.com/ . Esta é uma boa razão pela qual se perde facilmente a cabeça em Tarifa. A vida no hostal: dolce fare niente como é natural. O dono foi skater profissional, faz wind-surf e kite surf, como todos os que lá encontrei chegou a tarifa sem destino e quis lá ficar a viver, durante um ano como vagabundo, depois com o seu próprio negócio. Não é difícil fazer dinheiro. Basta querer e ter uma ideia simples e interessante. Falei em fazer dinheiro, não fortuna. Nesta onda, várias pessoas que lá encontrei, inclusivamente o professor de wind-surf polaco, chegaram lá há uns anos ou acabavam de chegar sem destino. Depois vão-se deixando ficar. Pois é, já estou a levantar um bocado o véu quanto ao facto daquilo ser pouco bom... A vida em Tarifa: sol, wind surf, malta jove, gajas giras que vão lá só por causa da boa onda apesar do vento que como todos sabemos pode despentear bastante, noite com bastantes bares e discotecas adaptadas à época de pico em que Tarifa está à pinha (Agosto) e acima de tudo hostais como aquele em que fiquei. A grande festa acontecia lá mesmo. Basta confirmar no site. É que o simples facto de a área do hostal ser maioritariamente utilizada para um bar e para esplanada ao ar livre explicam muita coisa. Depois do jantar e passadas umas portas tipo entrada far-oeste, estávamos no bar com música aos berros e os corpos sem cabeça aos saltos. A loucura estendia-se sempre até ao encerramento às 2:00 por imposição legal. Depois punham-se 3 alternativas: ir para a cidade/disco night até às 6 da manhã a pé (30 min) ou de táxi; ir para a cama porque o dia amanhã é de wind-surf; ir para a cidade porque o dia amanhã é de wind surf. A cidade tem todas as condições para a prática do pagode. Num ritmo pagatamente alucinante se vive o dia a dia em Tarifa. Vale a pena ir a esta pérola de passagem para Marrocos. Até esse facto (a proximidade a Marrocos- Preço do ferry 30 euros/pp) é um bom motivo para visitar tarifa.


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