terça-feira, julho 11, 2006

 

1 ano depois (3a feira 18 de Julho 2006) recomeço laboral. Mas antes...

Pois é. Menos de uma semana para recomeçar. O que fazer? VIAJAR. Desta feita diriji-me sózinho e de carro para Tarifa. A ideia é aproveitar o espirito que se instalou nesta vila piscatória há 30 anos quando foi descoberta por um windsurfista e praticar o próprio do wind surf.

A primeira impressão de Tarifa é curta mas permite me uma introdução: Cidade piscatória pequeníssima localizada sobre o mar, com uma boa onda incrível e com um vento africano e de intersecção com o mediterrâneo com o Atlântico e portanto quente e fortíssimo. Amanhã terei uma visão mais precisa dos efeitos e utilidades deste vento. Para já o desafio vai ser dormir. E ainda uma ideia mais próxima do bom espírito que aqui se vive. Quanto ao OTB international (hostal onde estou) a onda é incrivel...

Como disse ainda há pouco tempo viajar é pensar o Mundo. Para mim, a mais cabal prova disso mesmo é o que me acontece cada vez que estou num ambiente desconhecido. Nesse sentido quero partilhar uma descoberta interior. A ansiedade que a véspera da partida me traz não é mais do que o medo animal do desconhecido. Normalmente os animais (e os homens não são excepção) evitam o desconhecido e quando partem para a sua descoberta fazem-no preferencialmente acompanhados em grandes grupos. Poucos corajosos fazem no sozinho (tungaa). Sim, bem sei que o desconhecido nem sempre é muito desconhecido e até o nosso dia a dia tem uma componente de desconhecido o que torna este conceito altamente relativo. De qualquer maneira, vou definir para o caso o desconhecido como toda a realidade com a qual nunca tivemos contacto prévio (físico e/ou intelectual) e que suscita na nossa imaginação várias múltiplas hipóteses e suposições em relação àquilo que vamos encontrar. Pomos a nossa imaginação a trabalhar precisamente por medo, e insegurança. Queremos conhecer o desconhecido para não termos surpresas e como não o conseguimos fazer há um nervoso miudinho (ou graúdo mesmo) que nos atormenta à partida. Assim é comigo. Só a partida efectiva me traz a tranquilidade necessária para deixar a imaginação suspensa e para deixar a mente focada no presente por oposição ao futuro. A nova realidade que encontro distrai-me. Descontrai-me… Que bom que é viajar mesmo que sejam só 650 km.

Estou então pronto para pensar o Mundo outra vez…


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