domingo, fevereiro 05, 2006

 

Contributo para o jornalismo

Um contributo possível para tornar o meu domingo típico, tentando contrariar a também típica ressaca, é sentar-me na cadeira, comprada também ela num típico dia de fim-de-semana passado no IKEA, em que multidões enchiam o espaço, e ler o meu expresso. Como é que o expresso veio parar às minhas mãos? Ontem depois da tentativa de jogar ténis, passei pelo corte inglês e quando cheguei à zona destinada aos jornais, lá estavam os famosos sacos de domingueiro que continham o “expesso” material que constitui o expresso. Estava também presente imprensa internacional de qualidade através do financial times, por exemplo. Esta edição de fim-de-semana (como a edição diária aliás), tem um preço "elevado" e igual ao expresso. Mas diria, adiantando-me em direcção à conclusão que num caso estamos a pagar o papel que suporta a publicidade e no outro informação relevante para as nossas vidas. Mas naquele preciso momento não estava completamente ciente deste facto e decidi comprar o expresso. Matar saudades dessa leitura típica. Dar lhe o beneficio da dúvida, até porque passo a semana a ler noticias sobre mercados financeiros. Assim fiz. Sai do El corte, com o meu típico saco de fim-de-semana. Todo ele é publicidade alertando desde logo para o conteúdo. A verdade é que a leitura que agora termino foi pouco frutuosa e estou desiludido com a escolha que fiz. No entanto uma notícia chama a minha atenção (não, não é se a tia Manuela que criou ridícula cadeia Parfois, vai investir mais 6 milhões de euros, montante irrisório ao lado dos 1 000 000 000 euros que vim a saber mais á frente, os portugueses gastaram no Euromilhões durante 2005 (será que ganhámos 1/10 deste montante em prémios???)). Essa noticia está justamente na secção internacional onde se têm passado coisas mais interessantes, como o processo Enron. Não é que os fundadores da empresa enfrentam a pena prisão perpétua, "apenas" por um crime financeiro. Mete medo não mete. E é bom que meta porque crimes de corrupção como este abalam toda uma economia mundial, criando crises de confiança gigantes, como aliás toda a corrupção. Será que a justiça (principalmente os legisladores) em Portugal já perceberam isto??? Mas depois vinha a piece de resistence (como em:O homem que mordeu o cão) da reportagem. A jornalista Christiama Martins, para explicar ao provinciano Português a realidade americana, escreve o seguinte: "Um dos advogados que está a acompanhar o processo da Enron, disse, citado pelo Financial Times (o tal jornal que me arrependo de não ter comprado), que este julgamento será uma espécie de "Super Bowl dos julgamentos de casos empresariais", fazendo uma analogia com o mediático campeonato de BASEBOL." Basebol???? Mas onde tens a cabeça? E se dessem internet aos jornalistas da redacção para fazerem uma simples busca?? É que ainda por cima o Super Bowl está a ser jogado enquanto escrevo este Post e não vejo muitos gajos com bastões nas mãos! Pode ser opção táctica... Assim deverá estar a pensar agora mais uma grande jornalista, deste grande jornal que em no meio de todo o lixo publicitário com que nos ataca, consegue sempre reservar a página central, das suas folhas tamanha A1 para mais um mega anúncio. Obrigado Expresso

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