sábado, dezembro 24, 2005

 

Outro regresso do Blog- A nova realidade...

Pois é meus caros, o Blog não morreu como foi avançado por alguma e certa comunicação social. Recuso-me no entanto a responder na mesma moeda, razão pela qual não irei apontar o dedo a esse indigno periódico que é o “crime” e que outra coisa não tem procurado senão o fim deste Blog, através da utilização de tácticas pouco leais de concorrência, inventando histórias, como a mulher que deu à luz um filho extraterrestre. Não irei entrar nesse terreno. Continuarei tão singelamente (parafraseando o poeta Zé cabra) a contar o conteúdo verídico de alguns dos momentos que a minha vida vai atravessando, bem como pensamentos que ela me vai sugerindo.
O trabalho (a nova realidade com que me deparo) tem ao contrário daquilo que muitos pensam, por antecipação, um certo efeito tranquilizador e estabilizador da vida. Se por um lado temos menos tempo para fazer determinadas coisas, decorre imediatamente deste facto que aproveitamos muito melhor aquele que temos. Se por um lado começamos a sentir mais falta de certas coisas tão simples como estar com os amigos, decorre imediatamente deste facto que damos muito mais valor a esses pequenos momentos e assim os tornamos melhores. Se por um lado um assunto que ganha relevo nas nossas conversas é o trabalho, decorre imediatamente deste facto que mais tempo está a ser preenchido com uma tarefa que embora não tão útil para nós numa perspectiva de prioridades pessoais, é sinal de que estamos a ser finalmente úteis à sociedade.
Há no entanto um risco: a rotina. Felizmente ainda está longe de me afectar. Jamais seria capaz de me deixar apanhar por essa maleita em fase tão incial da minha vida profissional. Mas ela está ai à solta meus amigos. E parece-me que esse é o grande mal dos ambientes laborais portugueses. A rigidez do sistema de promoções, despedimento, prémios, por ai fora (vocês sabem do que é que eu estou a falar), gera uma situação de fundo muito simples, há qual é oferecida apenas duas soluções. Ou estás disposto a entrar em grande ruptura com o status quo, como seja ir para o estrangeiro, ficar em Lisboa trabalhando 20h por dia e perdendo meia semana em aeroportos, ou então a alternativa é a de simplesmente deixar as coisas andar e deixar que uma enorme frustração de não haver um meio termo te possa transformar numa pessoa amarga, com pouca ambição e pouca vontade de trabalhar. No entanto, lá continuarás a fazer qualquer “coisinha” pela “vidinha” no país dos diminutivos e das coisas pequenas como diz o filósofo José Gil.
Depois há o terceiro aspecto desta minha nova reflexão e que é a antes de mais um elogio rasgado a Portugal, o país que eu adoro, no qual adoro as pessoas e a vida que nele posso levar. Mas depois dele há todo um mundo para conhecer. Há esse imperativo interior. Este é apenas um dos paraísos na terra. É o meu é certo, mas é apenas um entre outros. E nada melhor que saltar de paraíso em paraíso, para regressar ao Éden. Assim se explica a minha continua fixação por viajar. Talvez esta seja a minha obsessão que tenho menos dificuldade em partilhar e daí tenha dado origem a este Blog... Em seguida faço um update sobre as minhas mais recentes e próximas viagens... A todos um forte abraço ou beijinho sentido. hehe.

Comentários:
Saúdo com alegria o regresso da enigmática Lança!
 
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