segunda-feira, março 07, 2005

 

Mendoza, A capital Argentina do Vinho

Dito isto avanço para o tema proposto, sendo que relego para mais tarde temas como: Rio de Janeiro (que me apaixonou), o viajante e o turista, música (como diria a minha mãe e que apenas agora percebo, a mais imaterial das artes) e culturas entre tantos outros.
Hoje, domingo dia 6 e três dias antes de chegar a Florianópolis (se Deus quiser, porque não querendo preocupar ninguém, a verdade é que os condutores de camionetas são algo passados dos cornos e tenho estado com pessoas envolvidas em acidentes!), estou de partida de Mendoza, que como todas as cidades por onde passei, deixará muitas saudades.
Desde que cá cheguei ainda não parei. Dormi no total talvez 5 h em duas noites, pelo que me preparo para grande arrochanço no autocarro ou colectivo como dizem por aqui. A verdade é que fui apanhar exactamente com o fim de semana da festa do vinho. Mendoza, como capital do vinho, produz 70% do vinho da Argentina e é responsável por 80% das exportações daquele que é o quinto produtor mundial de vinhos. Sendo assim, pode imaginar-se a importância desta festa para os locais. Entre eleição da rainha do vinho e grandes feiras de artesanato a cidade encontrava-se cheia de turistas e de movimento.
Quanto a mim quase nem tive tempo para me inteirar de tudo o que se passava uma vez que me meti em todos os programa que havia no hotel e que tive tempo de fazer. Acabado de chegar meteram me num autocarro que me levou precisamente a ver as adegas de dois importantes produtores de vinho locais. Nada de mais... Depois de uma curta noite de sono, associada ao BBQ da noite anterior e com o despertar vespertino pelas 7 da manha, saímos para as montanhas. Que espanto! Saímos em direcção aos Andes e ao Chile. Subimos por pre-cordilheiras seguidas das cordilheira, por locais espectaculares, como nascentes de água quentes e percorrendo o antigo trajecto do comboio que agora está desactivado. Impressionante mesmo foi chegar, depois de paisagens deslumbrantes à fronteira com Chile a 4000 metros de altura. Lá no alto estavam as bandeiras dos dois países, uma de cada lado dessa linha imaginária criada pelo homem, assim como uma estátua de Cristo cujo lado direito pertence à Argentina e o esquerdo ao Chile. Que vistaço!! Depois do espectáculo da eleição da miss vinho e de uma longa noite de música local e copos na companhia de 5 argentinas tipicamente simpáticas, no hostal estava pronto para ir dormir. É que no dia seguinte ia saltar de uma montanha com uma parapente nas costas. Claro e alguém atrás com conhecimentos para o manejar. Experiência incrível. Parecia que estava suspenso no ar. Bem e estava. As ascensões são incríveis e vê-se a terra como numa fotografia aérea como era de esperar. O movimento do parapente é lento em comparação com a asa delta (imagino) pelo que dá uma sensação de estar mesmo parado no ar. Muito bom. E barato. Como aliás a maior parte das coisas por cá. Eu diria sem exagero que passando para o Euro a maior parte das coisas cá são 2 a 3 vezes mais baratas. Qualquer refeição de qualidade superior (porque na Argentina tenho comido divinamente sem sequer estar a escolher a dedo os restaurantes) custará 5 Euros e dorme-se facilmente pelo mesmo valor. Claro que isto de certa forma implica que eles recebem 3 vezes que nós em Portugal, como tenho verificado. É um facto económico interessante que pretendo analisar mais a frente no Blog. Conheci mais um grupo de 5 Argentinas muito porreiras, assim como estrangeiros a estudar em Córdoba, a 2 a cidade Argentina. Embora a cidade seja menos bonita que Salta e Mendoza, ouvi dizer que tem imensos estudantes e grande espírito. Entretanto encontrei a primeira Portuguesa. É dramático o quão pouco os Portugueses viajam, percebo agora, mas também este aspecto pretendo analisar, na relação entre turistas e viajantes. Era uma tripeira que embora seja também alemã ( dupla nacionalidade) esta em Córdoba a estudar música.
Resta me então despedir, até uma próxima oportunidade, sendo que dentro de umas horas estou dentro de mais um autocarro para ir para Buenos Aires, em estado de inconsciência por causa do cansaço acumulado em Mendoza.Fico contente por saber que o blog está a ter a utilidade de ir mantendo informados os interessados sobre esta minha odisseia, assim como a dar uma ideia sobre como é esta parte do mundo podendo então levar a que a mim, outros se sigam. Fico contente pelos conteúdos estarem agradáveis. Com as fotografias e assim que alguém me explicar como se colocam vai melhorar, seguro.

Comentários:
Pá, se não querias assustar ninguém não podias ter escolhido pior forma, sabes?

Camelo, vim-me embora logo quando isso estava a começar a ser interessante... Diverte-te.

Sousa
 
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