quinta-feira, março 10, 2005

 

Argentina, um destino de emigração Europeia do sec. XX

Argentina

Abandonei ontem a Argentina, mas com a promessa de um regresso, quanto mais não seja porque o regresso a Lisboa terá de ser feito a partir de Buenos Aires. Deixei para trás pessoas muito interessantes, num acto subtil de despedida como se amanhã as fosse encontrar ao cruzar da esquina. Qualquer uma dessas amizades feitas acaba por ser apenas de circunstância, mas não menos importantes por isso. Por todas as razões, adorei o tempo que passei na Argentina onde as pessoas são extremamente civilizadas, simpáticas, correctas, abertas quanto baste e onde as paisagens são deslumbrantes e diversas. Recordo com particular saudade algumas pessoas que conheci e que provavelmente nunca voltarei a encontrar, chegar a cumes de montanhas nos Andes a 4000 metros, voar, as longas viagens de autocarro e especialmente aqueles momentos em que pessoas que não conhecia, no âmbito daquilo que era o seu trabalho, se empenhavam por me fazer sentir em casa num espírito não de subserviência mas numa atitude de servir bem sem ser por isso importante receberem algum tipo de gratificação. Das cerca de 100 h que fiz de camioneta, no total, principalmente de noite e que nunca teria imaginado ser capaz de fazer, acabei por chegar a Floripa num bom estado de conservação, para agora travar conhecimento com estas lindas brasileiras e aproveitar para me por em forma com mais do que grandes caminhadas, quem sabe aprendendo a fazer Surf e/ou Wind Surf. A Argentina é esse país tão heterogéneo quanto grande. A sua superfície em forma esguia consegue percorrer o globo desde um trópico, passando por toda uma zona temperada até se tornar no Pais mais próximo do pólo Sul. É um pais extremamente civilizado, onde se vêm características ocidentais (este país foi povoado por muitos italianos, espanhóis e alemães durante o século XX, pelo que é fácil encontrar pessoas com pais Europeus), principalmente na grande capital Buenos Aires e a sabedoria das culturas indígenas no interior. É um prazer estar na Argentina em todos os sentidos. Economicamente é um país com grandes potencialidades naturais porquanto dispõe de recursos naturais tão valiosos, como o ouro negro, minas apinhadas de minérios, planícies capazes de produzir alimentos em quantidade e qualidade para todo o mundo e ainda potencial turístico. Não obstante, encontramos um país algo deprimido e para nós muito barato. Um táxi de um lado ao outro da cidade custaria no máximo 3 euros. Uma óptima refeição (como aliás foram todas, comi muito bem) custaria à volta de 7 euros, no melhor restaurante. Nos museus nada pagávamos. E assim por diante... As Argentinas? Perguntam-se os meus leitores: por ter estado em Buenos Aires numa altura em que muita gente ainda estava de férias porque o Setembro, deles e mês de arranque é Março e ainda porque fruto do incêndio em que morreram 200 pess0as numa discoteca todas as outras discotecas estavam encerradas (numa atitude tipicamente portuguesa deste povo com tantas semelhanças a nós outros), talvez tenhamos sido levados a pensar que a beleza das Argentinas era um mito. No entanto, à medida que fui viajando e finalmente quando regressei a Buenos Aires deparei com belezas bastante mais agradáveis. Teria dificuldade em descreve-las mas de uma forma muito simplista diria que em Buenos Aires estão as europeias mais elegantes (são todas magrinhas) e no interior estão das indígenas mais interessantes. De tipo claro e louro, preservam um grande gosto pela moda e a boa aparência em Buenos. São simpáticas e no que respeita à maneira de encarar as relações muito parecidas com as Portuguesas. Terminaria então dizendo que a Argetina é um pais no qual vale a pena perder algum tempo, para o conhecer, assim como os vários paises com os quais faz fronteira, dos quais apenas conheci o Uruguay ( que apesar de tudo não tem interesse para ser visto em mais do que 2 dias, como fizemos) e acima de tudo onde adorei ter estado.

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